quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dissertação ( Thuanni Brandão)

Fernando Pessoa no poema “A Tabacaria” se mostra de forma triste:“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso ser nada. Não posso querer ser nada...”.Retrato de um ser humano desarticulado do mundo, em palavras de angústia e tédio... Ser que sente em si a desnecessidade da própria existência, a inutilidade de sua presença na vida, mas apesar de todo tédio e melancolia consegue sonhar e querer... Consegue sentir-se liberto para saber-se consciente do grande nada que representa... A falha, a falta, a depreciação das ilusões de toda uma vivência em sociedade, aquilo que pôde ser e não foi... O vagar sem rumo, a desesperança e o desgosto, a decadência da última alegria... O dia seguinte que nunca amanhece.Tabacaria é uma amargura no fundo da alma, que e cruel, que esmaga e se expande como um vazio opressor... Diminuindo os homens em suas grandezas, pisoteando a essencialidade das coisas, se descobrindo ingênuo e deslocado diante da humanidade inóspita, distante e desconhecidas na qual tenta viver.

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