quinta-feira, 3 de abril de 2008

Resumo do Livro.


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Quando o verbo terminar em “air” ou “uir” não se deve usar “e” no final da palavra quando esta estiver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
Não se escreve “substitue”, “possue”, “cae”, “sae”, “atrae”... Escreve-se “substitui”, “possui”, “cai”, “sai”, “atrai”...




Primeiro é preciso entender o que é voz passiva e voz ativa. Quando o sujeito é agente, a voz é ativa. Quando é paciente, a voz é passiva. Exemplo: Em um jornal está escrito: “Telê cortou Éder”. Em outro publicam: “Éder foi cortado por Telê”. No primeiro caso, a oração está na voz ativa, porque o sujeito (Telê) é agente, ou seja, executa o processo verbal. No segundo, a voz é passiva, porque o sujeito (Éder) é paciente, ou seja, sofre os efeitos do processo verbal.
Quando se diz “Apartamentos são alugados”, emprega-se a chamada passiva analítica. A passiva é analítica porque é feita com pelo menos dois verbos (“ser” + particípio – no caso, “são” + “alugados”). Essa estrutura equivale a outra, em que se emprega apenas um verbo, associado à palavra “se”: “Alugam-se casas”. Essa é a passiva sintética. Note a concordância, que, no padrão culto, é obrigatória.




Na língua portuguesa, verbos que pedem preposição não admitem voz passiva. Não se pode aplicar em “Precisa-se de operários” o mesmo raciocínio que se aplica em “Vendem-se apartamentos”. Não é possível dizer “De operários são precisados”.
Não se trata de voz passiva, e, sim, de voz ativa. O termo que segue o verbo não é sujeito, é complemento. Por isso não há motivos para que se estabeleça a concordância. Nesses casos, o verbo fica sempre na terceira pessoa do singular.




Certa vez, a Folha de S.Paulo estampou na primeira página o seguinte título: “Polícia extorquiu e libertou gangue da batida, diz delegado”. Tempos depois, foi a vez do caderno de São Paulo: “Policial acusada de extorquir gangue é presa”.
Não é possível extorquir alguém, seja uma pessoa, seja uma gangue. Nos títulos do jornal, o verbo aparece em uma construção errônea. Trocou-se o que foi extorquido pela pessoa (a gangue, no caso) que sofreu a extorsão.
Na verdade o que se faz é extorquir algo de alguém. Não se pode extorquir alguém, pela simples razão de que é a coisa, o bem o que se quer extorquir.



Na língua portuguesa, não existem verbos terminados em “eiar”. Há verbos terminados em “ear” (“passear”, “frear”, “recear”...) e verbos terminados em “iar” (“variar”, “denunciar”, “anunciar”...). Absolutamente todos os verbos terminados em “ear” têm conjugação padronizada. No presente do indicativo, as terminações são “eio, eias, eia, eamos, eais, eiam”. Exemplo: “Frear”: “eu freio, tu freias, ele freia, nós freamos, vós freais, eles freiam”.
No pretérito perfeito, as terminações são “eei, easte, eou, eamos, eastes, earam”. Portanto não se deve usar “i” depois do “e”. “Frear” apresenta as seguintes formas: “eu freei, tu freaste, ele freou, nós freamos, vós freastes, eles frearam”.





O verbo “maquiar”, que termina em “iar” e é regular, é conjugado por muita gente como se fosse irregular, como se terminasse em “ear”. Não se pode dizer “maqueia”. O verbo é mais do que regular: “maquio, maquias, maquia, maquiamos, maquiais, maquiam”.





“Depor” é um dos muitos integrantes da família do verbo “pôr” (“propor”, “expor”, ”impor”...). Todos os verbos terminados em “por” seguem a conjugação do verbo “pôr”. Esse verbo é bastante irregular.
Durante o funcionamento de uma CPI do futebol, a correspondente brasiliense de uma das mais importantes emissoras de rádio do país disse que “os ex-jogadores deporam ontem...”. O pretérito perfeito de “depor” não é “eles deporam”. É “depuseram” mesmo, como o de “pôr” (“eles puseram”).





“Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.” Por que “dize-me”? O que é “dize-me”? É a forma do imperativo do verbo “dizer”.
O interlocutor ao qual se dirige o emissor do provérbio é tratado na segunda pessoa do singular: “Dize-me (tu) com quem (tu) andas e eu te direi quem (tu) és”. A manutenção da mesma pessoa gramatical é desejável quando se emprega a língua padrão.

“Me dêm mais uma chance na Seleção” (Edmundo). Não existe “dêm”. O correto é “dêem”.
Quando se conjugam os verbos “ter” e “vir”, não se escreve “êe”. No presente, na terceira pessoa do singular, deve-se escrever “ele tem, ele vem”. Na terceira do plural, deve-se escrever “eles têm, eles vêm”.
Existem as vogais dobradas. Isso aparece na conjugação dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e derivados (“descrer”, “reler”, “prever”, “rever” etc.). É o caso de “crêem”, “dêem”, “lêem”, “vêem”, “descrêem”, “relêem”, “prevêem”, “revêem” etc.



O particípio de “beijar” é “beijado”, o de “beber” é “bebido”. E o de “expulsar”? É “expulsado” ou “expulso”? O de “salvar” é “salvado” ou “salvo”? A maioria dos verbos só oferecem um particípio. Mas existem os que oferecem dois particípios. Esses verbos que têm dois particípios são chamados de verbos abundantes. Exemplo: “aceitado” e “aceito”, expulsado” e “expulso”, “salvado” e “salvo”...
As formas de particípio terminadas em “ado” ou “ido” são classificadas como regulares; as que terminam em qualquer coisa diferente de “ado” ou “ido” são irregulares.
Quando se usa o verbo auxiliar “ter” ou o verbo “haver”, usa-se o particípio regular (aquele que termina em “ado” ou ‘ido’); com os verbos auxiliares “ser” e “estar”, usa-se o particípio irregular (aquele que não termina em “ado” ou “ido”).

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