quinta-feira, 24 de abril de 2008

Resumo do livro saber pensar de Pedro Demo ( Fabiana Arantes Santos)

1- Pensar

Ir além das palavras que escutamos e buscarmos o seu significado resultam numa melhor compreensão. Na arte do pensar temos a dedução que implica em sacar as informações e negações necessárias. Não podemos usar somente a lógica para sabermos pensar, temos que ter experiência, a vivência e a sensibilidade. A lógica mais interessante é aquela que se esconde, não a que se mostra em primeiro lugar, mas é questão de senso comum, porque este só se percebe com o acumulo de conhecimento capacidade de entender .

2- Lógica e Jeito

Todo ser humano é dotado de sentimentos, então somos movidos pela emoção, pois quando usamos apenas a lógica somos considerados máquinas e deixamos de ser seres humanos, mas quando a emoção extrapola tende-se parar para pensar, deixar um pouco de sermos levados pela emoção.



3- Arte de Argumentar

Tem vários pontos de vista e chegar à conclusão de uma idéia traz mais segurança para uma argumentação bem trabalhada, há quem de forma alguma concordará com suas idéias e é importante que isso aconteça até mesmo para que se discuta sobre elas. A argumentação coerente resulta num processo de renovação própria. A qualidade formal e política, a o argumentarmos temos que ter uma construção jeitosa de discurso.


4- Saber Aprender

No aprendizado não podemos apenas seguir ordens, temos que questionar. Saber Aprender é, no entanto, marcar presença e saber conviver. Todos nossos atos passam a ser qualificados através da aprendizagem, deixando de lado a condição de manipulado e passando a ator participativo emergindo juntamente à sociedade.


5- Saber Cuidar

Faz parte da inteligência humana, de um olhar crítico e inteligente que passamos a ter após sabermos pensar e analisar. Saber cuidar vem do interior do saber pensar. Saber cuidar e ter sensibilidade é saber usar a inteligência e tornar a lógica com a própria lógica, usar a visão do conhecimento não somente para compreender e interferir na realidade, mas sim aprender a conviver com ela e usá-la para se sobreviver.

6-Saber Inovar

Sabendo pensar, manejamos corretamente a inovação e, temos assim a capacidade própria de se inovar. "Inovar já não é novidade. Saber inovar, entretanto, continua um desafio mais novo do que nunca." porque o conhecimento sem o saber não produz frutos bons, passamos a inovar simplesmente por inovar, para abastecer o mercado, saber pensar é sabre fazer corretamente a inovação, começando por nós mesmos sabermos inovar pela razão de uma lógica mínima.


7-Saber Acreditar

Se, o que acreditamos até hoje deixa de existir ou nunca existiu, tudo o que construímos até hoje baseado nessa crença perde o seu valor. Buscamos apoio racional na fé. No fato de acreditar a ciência é a arte solúvel e a religião a insolúvel. A humanidade tornou a religião uma coisa importantíssima no dia a dia e a incerteza sempre haverá em relação a como estamos aqui, quem chegou a nos trazer para este lugar

Resumo do livro saber pensar de pedro Demo(Bruno)

1 - Pensar
Colocando sentença maior geral todo ser humano é mortal mais outra sentença menor de sentido partucular Maria é ser humano seguia conclusão unamovível logo,maria é mortal.Talvez seja a idéia mais comum da lógica a obrigatoriedade das conclusões,uma vez colocadas as premisas.
2 - Lógica e jeito
Quando a emoção é demais,é preciso parar para pensar. Dizemos "parar pensar" aludindo que é preciso parar de nos deixar levar por condicionamento pouco lógico.Mas,vale o reverso:pessoa apenas lógica é máquina,não ser humano.isto mostra,outra vez,que a vida não é binária,mas complexa.
3- Arte de Argumentar
Nada sendo evidente inclusive esta afirmação,torna se inevitável o esforço de fundamentar o que se diz diante de interlocutor que pode semprepensar de outra forma,ver de outro jeito,revelar outras faces.
4 Saber Aprender
O conhecimento passa a ser visto como emergência de estados globais numa rede de componentes simples,destacando - se o emaranhado conectivo dos elementos.
5- Saber Cuidar
Saber cuidar vai além de ser questão de sensibilidade o que sempre é em pleno sentido para atingir também o espaço epistemológico do saber pensar.Faz parte da inteligencia humana,tornanado - se categoria lógicacomo é a própria lógica.
6 - Saber Inovar
Saber pensar inclui certamente a capacidade de dar conta de sociedade
marcada por profundas inovações,provocadas sobretudo pela trajetória científica e tecnológica da humanidade.
7- Saber Acreditar
Perante o racionalismo moderno,saber acreditar soa contra-ditório,porquanto ciência mostraria a direção contrária da dúvida e do questionamento.

RE

resumo do livro saber pensar de Pedro Demo(Thuanni)

1 PENSAR





Por trás do pensar está a idéia da compreensão do que se diz e faz
Por isso, dizemos “saber” pensar. O povo reconhece isto quando diz que
Fulano “sabe das coisas”. Compreender é questão de lógica, e geralmente entendermos por lógica a capacidade de deduzir uma coisa da outra, de tal sorte que cada coisa esteja no seu lugar e se relacione com outra.
A lógica, porem, que mais interessa, não é aquela que logo aparece, mas a que está por trás. Notamos isto quando, conversando com alguém que não nos entende.


2 LÓGICA E JEITO




Nem sempre a menor distância entre dois pontos é a linha reta, como quer a matemática binária. Se assim fosse,quando um rapaz quer conquistar uma moça, sairia em linha reta para aborda- lá. Usaria fraqueza direta. Todavia todos sabem a fraqueza é grande virtude, mas, dependendo da circunstancia, apenas choca. Para conquistar a moça é mister fazer algumas curvas, dizer por insinuações,não por gestos ostensivos,planejar encontro “fortuito”, e outras coisas mais que todo amante inteligente sabe fazer.Não
Desistimos da lógica. Muito ao contrário, a usamos com cabeça.



3 ARTE DE ARGUMENTAR




Pode servir como definição sucinta de ciência, desde que se ultrapasse o reducionismo positivista. Por reducionismo positivista entendemos a tendência da ciência de reduzir a realidade áquilo que o método consegue capta dela, ao mensurável, quantificável, lógico e formalizável. Não conseguimos estabelecer coincidência pura e simples entre pensamento e pensado, como se a idéia de algo fosse exatamente este algo. A arte de argumentar leva em conta que o ser humano e a sociedade em que vive não funcionam apenas pela lógica.




4 SABER APRENDER



Aprender é a maior prova da maleabilidade do ser humano, porque, mais que adaptar – se á realidade, passa a nela intervir. Sendo atividade tipicamente reconstrutiva de tessitura política, é também a maior prova do sujeito capaz de História própria. Saber aprender é fazer – se oportunidade, não só fazer oportunidade deixa- se de lado á condição de massa de manobra, objeto de manipulação, para emergir como ator participativo, emancipado.
Retornamos aqui o sentindo da autonomia que precisa ser todo dia conquistada e reconstruída.


5 SABER CUIDAR


Desde que Boff esta idéia, tornou – se claro que saber cuidar é parte intríseca do saber pensar.A muitos poderá ocorrer que saber cuidar se restrinja a “ cuidar “,sobretudo em sentindo assistencial a já assistencialista.A outros,saber cuidar revela quase que apenas o sentindo ecológico do desenvolvimento.Entretanto,creio que na “ arqueologia”do saber cuidar está a visão de que o conhecimento não implica somente a capacidade de compreender,devassar e interferir na realidade,mas igualmente a de conviver com ela,tomá-la como parâmetro da sobrevivência.
Saber cuidar vai além de ser questão de sensibilidade o que sempre é em
Pleno sentido para atingir também o espaço epistemológo do saber pensar.






6 SABER INOVAR



Saber pensar inclui certamente a capacidade de dar conta de sociedade marcada por profundas inovações, provocadas, sobretudo pela trajetória cientifica e tecnológica as humanidades.
Apressamos o ritmo do desenvolvimento nos últimos tempos, chegando a torna- se a velocidade das mudanças algo já obsessivo, como diz Gleick.


7 SABER ACREDITAR


Perante o racionalismo moderno,saber acreditar soa contra – ditório, porquanto ciência mostraria a direção contrária da dúvida e do questionamento. Todavia, se lembrarmos que conhecimento científico é apenas olhar,por mais importante e avassalador que seja hoje,há coisas na vida que precisamos cultivar para além daquelas que caem sob a lupa metodológica da ciência.

Resumo do Livro "Saber Pensar" - Pedro Demo (Deborah Alves)

Primeira Parte – COMPONENTES DO SABER PENSAR


1. Pensar: Pensar está relacionado à compreensão do que se diz e faz. Devemos saber pensar. Chamamos de indução o raciocínio de fatos particulares que se tira uma conclusão genérica. A lógica é método que permite distinguir raciocínios válidos de outros não válidos. O bom senso é a capacidade de avaliar as situações complicadas e achar uma solução adequada para elas.

2. Lógica e jeito: Além de ter idéias é preciso ter jeito para pensar. Está em jogo variedade de facetas relevantes no bom jogo de saber pensar, a começar pelo reconhecimento de que não somos seres propriamente racionais.

3. Arte de argumentar: A arte de argumentar considera que o ser humano e a sociedade em que vive não funcionam apenas pela lógica.
Uma boa argumentação busca analisar a realidade, não perdendo de vista que pretende comunicar, entender-se, convencer.

4. Saber aprender: A maior prova da maleabilidade do ser humano é aprender, pois além de adaptar-se à realidade ele participa dela.
Saber aprender apontaria para esta engenharia sutil, profunda e comprometedora, para atinar até onde vão os limites e até aonde devem prevalecer os desafios.

5. Saber cuidar: Saber cuidar é uma parte intrínseca do saber pensar. De acordo com o que o autor crê, na “arqueologia” do saber cuidar está a visão de que o conhecimento não implica somente a capacidade de compreender, devassar e interferir na realidade, mas igualmente a de conviver com ela, tomá-la como parâmetro da sobrevivência, reconhece-la como maior que nós.

6. Saber inovar: Saber pensar inclui certamente a capacidade de dar conta de sociedade marcada por profundas inovações, provocadas sobretudo pela trajetória científica e tecnológica da humanidade.
Inovar já não é novidade. Saber inovar, entretanto, continua desafio mais novo que nunca.

7. Saber acreditar: Perante o racionalismo moderno, saber acreditar soa contraditório, porquanto ciência mostraria a direção contrária da dúvida e do questionamento.
O conhecimento não reconhece limites, mas é tipicamente atividade limitada. Esta própria postura indica que também a ciência “acredita” em si mesma, por vezes demais.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

RESUMO: SABER PENSAR – PEDRO DEMO (Gabriela Vieira)

Primeira parte: Componentes do saber pensar.

1. Pensar

Para pensar, é preciso primeiro compreender o que se faz, ou o que se diz. Para tal compreensão, é necessário ter lógica. Lógica é saber diferenciar, ou deduzir uma coisa da outra. A idéia mais comum da lógica é a dedução, que é a capacidade de perceber afirmações ou negações necessárias. O consenso vale mais do que a lógica, na vida real.

2. Lógica e jeito

Usar a lógica com a cabeça, ter idéias, e fazê-las com jeito. Não se pode viver a realidade, sem interpretá-la. Na vida, usamos mais a emoção do que a lógica, afinal, somos seres humanos e não uma máquina. Cada povo tem sua cultura própria, mais mesmo assim, encontramos coisas em comum, porque, como já disse, todos somos seres humanos, e ao mesmo tempo em que somos diferentes, somos iguais.

3.Arte de argumentar

A sociedade não vive apenas da lógica, vive-se também pela arte de argumentar. A lógica está longe de nos convencer, é necessário abrir argumentações convincentes, ouvir e ser ouvido. Cada pessoa tem sua forma de revelar outras faces e pensar de outra forma, tudo é discutível. Não existe argumento final, sempre tem o próximo discurso. A crítica é a falta de argumento, dispensa qualquer argumentação.

4.Saber aprender

Para adaptar-se e participar-se da realidade, é necessário ter uma aprendizagem crítica e criativa. Saber aprender, é ter novas oportunidades, o aprender qualifica o saber. Mesmo sendo pessoas iguais, gêmeos, cada um tem seu diferencial. O aprendizado nunca tem um ponto final, ele não se esgota, sempre atribuímos mais conhecimentos ao que já sabíamos. Na maioria das vezes, dependemos de outras pessoas para aprendermos novas coisas, mais é essencial buscarmos sabedoria para provar que podemos aprender sozinhos o novo e o inovador.



5. Saber cuidar

Com a globalização e a tecnologia do Terceiro mundo, é necessário cuidar, principalmente, da natureza. Temos que saber conviver com a realidade, reconhecendo-a como fonte de sobrevivência. Caso contrário, daqui a algum tempo, não sobrará nada para ninguém. Saber cuidar é uma questão de sensibilidade e inteligência humana, isto é lógica. Seria bom se pudessem se colocar no lugar dos recursos naturais, para perceberem como devem ser usados e tratados.


6. Saber inovar

Um desafio para nós é saber inovar, o que já não é nenhuma novidade. Temos uma certa velocidade nas mudanças tecnológicas, e inovar é necessário para o mercado competitivo. Os computadores, os celulares, as TVs estão tomando conta de nossas vidas, resolvendo todos os nossos problemas de informações. Ainda existem pessoas contra a tecnologia, estão com medo das máquinas substituírem até mesmo os professores, mais é difícil evitar a magia do mundo tecnológico. Hoje em dia a Internet é a salvação de tudo.



7. Saber acreditar

Cada um acredita em Deus de sua forma. Uns tem muita fé, outros duvidam da história, e até mesmo da existência de Deus, e assim por diante, e na maioria das vezes, a educação tem um forte papel nisso. No ponto de vista da política, poucos acreditam, todo partido tem seus defeitos e seus pontos negativos, mais se não acreditarmos em algum, não participaríamos dos movimentos políticos. Algumas pessoas acreditam em falsidade, outras não, algumas rejeitam a verdade, outras aceitam.

domingo, 20 de abril de 2008

ESTUDO DIRIGIDO

* Questões formuladas e respondidas de acordo com o texto “Educação para a vida”, de Pedro Demo.



1. Para Rubens Alves, o que é Educação?

“Uns tolos dizem que educação é preparar para a vida, como se a vida fosse algo que vai acontecer no futuro. Educação não é preparar para a vida. Educação é vida, no presente, com seus prazeres, alegrias, espantos, assombros. Isso: a educação deveria produzir assombro. Porque o mundo é assombroso!” (Alves, 2007:25).


2. Qual o estado e região do Brasil, citados pela reportagem, como mais desiguais na proficiência escolar? O que isto indica?

O estado mais desigual seria São Paulo, e a região mais desigual o Sudeste, o que indica que poderia econômico pode facilmente correlacionar-se com agravamento das desigualdades.


3. O que Fábio Waltenberg diz sobre quantidade e qualidade quando é citado em uma reportagem?

A reportagem cita o autor deste último estudo, F. Waltenberg: “Muitos estudos no Brasil só consideram a quantidade nas comparações educacionais, mas a qualidade é determinante da renda. Não basta transferir dinheiro para os mais pobres. Resolver o nó da qualidade é o caminho para alterar a estrutura de desigualdade” (Folha de São Paulo, 2007: C1).


4. O que se pode dizer sobre a qualidade da educação, em termos mais concretos?

Em termos mais concretos, a qualidade da educação é, não só o que mais interessa, mas principalmente o condicionante maior da renda, não o contrário. Por mais que, na vida, corramos atrás da renda – os pais dizem sem cerimônias que esperam da escolarização uma melhor chance de renda, em primeiro lugar – não se chega a ela sem qualidade educacional, em especial para a população pobre. Segue que educação de qualidade seria o fator mais decisivo para enfrentar a concentração de renda, porque nela se conjugam qualidade formal (sabe pensar) e política (saber intervir) (Demo, 2004a). Persiste, porém, a visão analítica da educação como anexo da renda.


5. O que a secretária de Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães, sugere para enfrentar o problema da desigualdade na educação?

Maria Helena Guimarães sugere que vai enfrentar o problema da desigualdade na educação com um “sistema de recuperação dos alunos com dificuldades de aprendizado”, incidindo no mesmo quantitativismo equivocado: não faz qualquer sentido pretender recuperar alunos que aprendem mal através da mesma lógica do sistema que os fez aprender mal.


6. O que é necessário para se fazer proposta prática?

Admite, então, que, para fazer proposta prática, precisa reduzir a complexidade real, razão pela qual fica apenas com o olhar econômico e, dentro deste, com a referência do crescimento econômico traduzido em renda per capita.


7. Sob o rótulo de “para que serve o governo”, o que loschpe responde?

Loschpe responde, na linha liberal, naturalmente – “serve para maximizar o bem-estar da população”, apressando-se a dizer que, falando de população, está implícita “uma noção de isonomia entre seus membros” (Id.:18).


8. Qual a conseqüência em investir ou não em capital humano?


No longo prazo, os países ricos que não investem em capital humano tendem a ver seu crescimento de renda estagnar, e aqueles que investem bastante em capital humano tendem eventualmente a aumentar seu nível de renda.


9. Como a educação é assumida?

Educação é assumida como “meio para o desenvolvimento”, a “mais conducente ao crescimento de um Brasil democrático e livre. E livre, em primeiro lugar, da tirania da pobreza, que torna o homem liberto um escravo de sua própria subsistência” (loschpe, 2004:28).


10. O que indica a teoria do capital humano?

“A teoria do capital humano indica que as competências adquiridas nas escolas aumentam a produtividade do trabalhador” (Ib.)


11. O que significa “Nurture”?

“Nurture”, em contraposição a “nature” (natureza), significa a ação humana sobre a natureza e, aqui, especificamente sobre os filhos. Sugere-se que a influência dos pais é bem menor do que se imagina, com realce, em geral, para a educação ocorrida no peer group (grupos de crianças da mesma idade).


12. No mundo capitalista, o que o crescimento causa? Por quê?

No mundo capitalista, crescimento “causa” desigualdade, porque a dinâmica de mercado não se orienta pela equalização de oportunidades, mas pelo lucro (Bakan, 2004).


13. Qual conseqüência altas taxas de crescimento têm de fato?

De fato, altas taxas de crescimento têm como conseqüência a redução da pobreza absoluta (dos pobres comparados consigo mesmos), algo que se percebe também no programa social “Bolsa-Família” (Weissheimer, 2006). No entanto, o crescimento não toca a estrutura da apropriação desigual da renda, exacerbando a pobreza relativa (comparação dos mais pobres com os mais ricos).


14. O que falta à população?

Falta à população a habilidade de confronto, cuja base maior é saber pensar e organizar-se politicamente, algo que poderia começar na escola, em especial na escola pública, onde estudam os alunos mais pobres.


15. Temos hoje, diante de nós, o desafio de conduzir eticamente as mudanças tecnológicas avassaladoras, aparecendo como repto maior humanizar tais avanços. Quais são as duas preocupações mais gritantes?

I) Cuidar que o Planeta não sucumbe perante a exploração desenfreada e predatória do mercado neoliberal;
II) Cuidar que os processos vigentes de marginalização social possam ser tratados de modo bem mais igualitário.


16. O que Santos diz sobre as culturas?

Como bem diz Santos (2005;2006), embora as culturas tendam a se ver como completas e como referências inamovíveis, é fundamental que se percebam como incompletas, porque isto facilitaria sua convivência. Na prática, somente entidades incompletas conseguem aprender. Gerir esta incompletude é engenharia das mais sensíveis, seja para evitar conformar-se com pouco, seja para não querer demais. E isto coloca o desafio de “saber” mudar.


17. O que é mercado?

Antes de falar mal do mercado liberal, há que reconhecer que mercado é dinâmica natural das sociedades, tendo em vista que todas elas precisam dar conta de seus recursos físicos e culturais, em termos de produção, consumo, distribuição, e decorrentes disputas. Problema não é mercado, mas mercado capitalista.


18. O que predomina no mercado?

Predomina como regra, a imposição truculenta de renovação constante em nome das exigências de competitividade e produtividade. O trabalhador torna-se descartável, como tudo aos olhos do mercado: em nome do lucro, tudo se descarta, natureza, ser humano, patrimônios culturais, biodiversidade...


19. Em que a educação se conta?

Educação não se conta apenas por quantidade de livros na biblioteca, freqüência escola, anos de estudo, domínio de conteúdos, mas principalmente pela habilidade de saber pensar.



20. Qual a estratégia mais segura de redistribuição de renda?

Ao lado da cidadania popular organizada e dotada de projeto alternativo, educação de qualidade parece ser a estratégia mais segura de redistribuição de renda, porque não é esta que condiciona a qualidade da educação, mas o contrário. Evidentemente, renda também é fundamental. No entanto, há que, primeiro eliminar qualquer laivo determinista, como parece ser o caso de loschpe (2004), e, segundo, modular um relacionamento mais flexível e inteligente entre renda e educação. Pessoas educadas e suas idéias, como diria Duderstadt (2000), ainda são mais decisivas que renda.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Dissertação- (Jéssika Soares)

RAZÃO DO VIVER

A agitação do dia-a-dia faz com que não paremos um só momento para pensar na razão de existirmos. Pensar se tudo o que achamos ser real e verdadeiro realmente faz sentido.
Se por um momento parassemos para analizar tudo e todos que nos cercam, surgiriam várias dúvidas sobre o porque de todas essas coisas e pessoas. Muitos acham que são importantes, marcantes e necessários, mas são aqueles que não se julgam dignos de importância que fazem a diferença no mundo. Pois julgando-se inúteis e dispensáveis tentam de qualquer forma fazerem algo para mudar isso e acabam muitas vezes conseguindo.
Não devemos ficar sentados nema cadeira esperando o dia da nossa morte. Todos nós já nascemos com um destino previamente traçado e cabe a cada um aceitar ou tentar mudar tal destino.
É dessa forma que podemos mudar nossa realidade, mesmo não sabendo quase nada sobre ela, é nosso dever aprender para viver melhor.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dissertação- ( Fabiana Arantes Santos)

Baseada no poema “Tabacaria” - Álvaro de Campos

O poema tabacaria é considerado uma das obras do homônimo de Pessoa – Álvaro Campos- em sua faze mais pessimista. O poema é de 15/1/1928 é foi escrito perto da morte de Pessoa. Nesse contexto, o poema retrata o imenso vazio do poeta e o contraste entre o seu universo interior e exterior. Há uma necessidade do poeta em analisar a sua própria existência em face da existência da tabacaria. Por isso, o autor demonstra a impassibilidade de sua vida e de seus sonhos, em que ele parece perceber mais vida no movimento da tabacaria do que em sua própria existência.
É possível perceber o tom de niilismo e uma completa descrença em qualquer ideologia e vontade de conquistar o mundo. “O mundo é para quem nasce para conquistá-lo e não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.” Essa frase demonstra a descrença do autor em alimentar sonhos, já que ele acredita que uma das razões para o seu vazio foi ter sonhado mais do que ter tentado alcançar algo que tenha alguma valia para o seu crescimento humano. Se bem que ele mesmo perde a dimensão daquilo que corresponde a esse crescimento como indivíduo.
O poeta parece se considerar um nada e não acreditar na importância de sua obra. “Gênio? Neste momento cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu”. Nessa frase o autor parece questionar a relevância de sua obra e a idéia de que ele seria um gênio como escritor. Ele prefere acreditar que vários indivíduos, como ele, se consideram gênios e por isso a sua pessoa não mereceria tal destaque.
Apesar de não sabermos se esse poema é autobiográfico, há uma sensação de que Pessoa fala de si mesmo como alguém que se desilude no término de sua existência. Talvez haja a percepção de que não há razões para lutar, nem para se atrelar aos moldes sociais. Parece que nem mesmo o poeta compreende qual seria a razão para a vida e qual seria o nosso conforto perto do leito de morte. Esse é um tema existencial que assombra diversos poetas: há razão para sonhar e seria relevante o nosso sonho de conquistarmos e modificarmos o mundo?

Dissertação (Bruno Pierre)

O POEMA DE FERNANDO TABACARIA, PESSOA RETRATA UMA REALIDADE DE UMA PESSOA QUE PASSOU QUE TEM UM VAZIO NO CORAÇÃO, UMA PESSOA QUE NÃO AMA NADA NEM A VOCÊ MESMO. TEM CERTOS TRECHOS NOS POEMAS QUE MOSTRA QUE ESSA PESSOA NUNCA FOI FELIZ QUE RECLAMA DE TUDO QUE SEMPRE ESTÁ INSATISFEITO COM AS PESSOAS E A VIDA QUE LEVA. EU GOSTEI DO POEMA DE FERNANDO PESSOA PORQUE FAZ UMA REFLEXÃO DENTRO DE NÓS, QUE FAZ TERMOS UMA VISÃO DIFERENTE DO MUNDO QUE ACHAMOS QUE EXISTIA.

Dissertação (Deborah Alves).

*Baseada no poema "Tabacaria" - Álvaro de Campos (um dos heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa).


“Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada. / À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”. Os versos do poema Tabacaria retratam um indivíduo desiludido com a vida. Mas que guarda muitos sonhos dentro de si.
Nos parágrafos seguintes, ele fala de sua condição humana. Uma pessoa sozinha em seu quarto, que pela janela observa a realidade do dia-a-dia, vendo a transição de muitas pessoas, ou seja, uma alma que está presa entre quatro paredes observando os outros viverem. E lá, ele começa a analisar a vida.
“Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. / Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer...”. Ele se sente vencido, já não tem forças para lutar e mudar a situação em que vive. Sabe que assim nunca conseguirá ser feliz.
“Falhei em tudo.”. Nessa estrofe ele afirma ter errado em tudo, por não ter feito propósito nenhum. Em seguida ele diz: “Fui até ao campo com grandes propósitos. / Mas lá encontrei só ervas e árvores, / E quando havia gente era igual à outra.”. Parece nos dizer de uma pessoa cheia de objetivos, mas que não teve oportunidades, ninguém que o pudesse ajudar.
“Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?”. Exprime não saber mais quem é. Mais adiante nos revela não acreditar mais em si mesmo. “O mundo é para quem nasce para o conquistar / E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.” O mundo não é para quem vive sonhando, e, sim, para quem tem atitude e capacidade para realizar seus objetivos.
“Fiz de mim o que não soube / E o que podia fazer de mim não o fiz.”. É um relato de uma pessoa que não soube o que fazer de sua vida. E o que podia ter feito, não fez. E quando quis mudar essa realidade já era tarde demais.
Nas últimas estrofes a personagem principal deixa de criar seus versos, quando vê um homem que se interfere entre ele e a Tabacaria, quando vai comprar um tabaco eu acho. Voltando à realidade ele deixa de analisar a vida, e vê que está dentro dela.
“... e o universo / Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança...”.
Esse poema trata de um assunto muito importante para nós. Faz-nos refletir sobre o que somos, o que temos feito para mudar ou melhorar nossa realidade, as dificuldades que são enfrentadas para realizarmos nossos objetivos... E que não devemos ver a vida passar e ficarmos de braços cruzados.

Dissertação do Poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa - Aluna: Gabriela Vieira Tibúrcio de Araújo

O eu lírico do poema, fecha as portas para a realidade, apesar de ter todas as suas possibilidades a disposição, afinal ele diz ter em si “todos os sonhos do mundo”. Ele se fecha em seu mundo interior, se posiciona como se pairasse acima da realidade das coisas. Com a vida que leva, ele acabou tornando-se uma pessoa desconectada com o mundo, perdendo a ligação com seus semelhantes. O seu sentimento de grandeza é frágil, ele percebe que a grandeza é apenas sentida, sonhada, e com isso ele não a transforma em ação, tanto para ele, quanto para qualquer outra pessoa. Ele vive a vida apenas vivendo, e não pensando em vivê-la. Ele confessa que as suas conquistas só são realizadas no plano dos sonhos e não por meio de ações concretas. Ele simplesmente passa a vida observando o mundo diante da sacada de sua casa, esperando que alguém abrisse as portas do mundo para ele.

Dissertação ( Thuanni Brandão)

Fernando Pessoa no poema “A Tabacaria” se mostra de forma triste:“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso ser nada. Não posso querer ser nada...”.Retrato de um ser humano desarticulado do mundo, em palavras de angústia e tédio... Ser que sente em si a desnecessidade da própria existência, a inutilidade de sua presença na vida, mas apesar de todo tédio e melancolia consegue sonhar e querer... Consegue sentir-se liberto para saber-se consciente do grande nada que representa... A falha, a falta, a depreciação das ilusões de toda uma vivência em sociedade, aquilo que pôde ser e não foi... O vagar sem rumo, a desesperança e o desgosto, a decadência da última alegria... O dia seguinte que nunca amanhece.Tabacaria é uma amargura no fundo da alma, que e cruel, que esmaga e se expande como um vazio opressor... Diminuindo os homens em suas grandezas, pisoteando a essencialidade das coisas, se descobrindo ingênuo e deslocado diante da humanidade inóspita, distante e desconhecidas na qual tenta viver.

Resumo do Livro.


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Quando o verbo terminar em “air” ou “uir” não se deve usar “e” no final da palavra quando esta estiver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
Não se escreve “substitue”, “possue”, “cae”, “sae”, “atrae”... Escreve-se “substitui”, “possui”, “cai”, “sai”, “atrai”...




Primeiro é preciso entender o que é voz passiva e voz ativa. Quando o sujeito é agente, a voz é ativa. Quando é paciente, a voz é passiva. Exemplo: Em um jornal está escrito: “Telê cortou Éder”. Em outro publicam: “Éder foi cortado por Telê”. No primeiro caso, a oração está na voz ativa, porque o sujeito (Telê) é agente, ou seja, executa o processo verbal. No segundo, a voz é passiva, porque o sujeito (Éder) é paciente, ou seja, sofre os efeitos do processo verbal.
Quando se diz “Apartamentos são alugados”, emprega-se a chamada passiva analítica. A passiva é analítica porque é feita com pelo menos dois verbos (“ser” + particípio – no caso, “são” + “alugados”). Essa estrutura equivale a outra, em que se emprega apenas um verbo, associado à palavra “se”: “Alugam-se casas”. Essa é a passiva sintética. Note a concordância, que, no padrão culto, é obrigatória.




Na língua portuguesa, verbos que pedem preposição não admitem voz passiva. Não se pode aplicar em “Precisa-se de operários” o mesmo raciocínio que se aplica em “Vendem-se apartamentos”. Não é possível dizer “De operários são precisados”.
Não se trata de voz passiva, e, sim, de voz ativa. O termo que segue o verbo não é sujeito, é complemento. Por isso não há motivos para que se estabeleça a concordância. Nesses casos, o verbo fica sempre na terceira pessoa do singular.




Certa vez, a Folha de S.Paulo estampou na primeira página o seguinte título: “Polícia extorquiu e libertou gangue da batida, diz delegado”. Tempos depois, foi a vez do caderno de São Paulo: “Policial acusada de extorquir gangue é presa”.
Não é possível extorquir alguém, seja uma pessoa, seja uma gangue. Nos títulos do jornal, o verbo aparece em uma construção errônea. Trocou-se o que foi extorquido pela pessoa (a gangue, no caso) que sofreu a extorsão.
Na verdade o que se faz é extorquir algo de alguém. Não se pode extorquir alguém, pela simples razão de que é a coisa, o bem o que se quer extorquir.



Na língua portuguesa, não existem verbos terminados em “eiar”. Há verbos terminados em “ear” (“passear”, “frear”, “recear”...) e verbos terminados em “iar” (“variar”, “denunciar”, “anunciar”...). Absolutamente todos os verbos terminados em “ear” têm conjugação padronizada. No presente do indicativo, as terminações são “eio, eias, eia, eamos, eais, eiam”. Exemplo: “Frear”: “eu freio, tu freias, ele freia, nós freamos, vós freais, eles freiam”.
No pretérito perfeito, as terminações são “eei, easte, eou, eamos, eastes, earam”. Portanto não se deve usar “i” depois do “e”. “Frear” apresenta as seguintes formas: “eu freei, tu freaste, ele freou, nós freamos, vós freastes, eles frearam”.





O verbo “maquiar”, que termina em “iar” e é regular, é conjugado por muita gente como se fosse irregular, como se terminasse em “ear”. Não se pode dizer “maqueia”. O verbo é mais do que regular: “maquio, maquias, maquia, maquiamos, maquiais, maquiam”.





“Depor” é um dos muitos integrantes da família do verbo “pôr” (“propor”, “expor”, ”impor”...). Todos os verbos terminados em “por” seguem a conjugação do verbo “pôr”. Esse verbo é bastante irregular.
Durante o funcionamento de uma CPI do futebol, a correspondente brasiliense de uma das mais importantes emissoras de rádio do país disse que “os ex-jogadores deporam ontem...”. O pretérito perfeito de “depor” não é “eles deporam”. É “depuseram” mesmo, como o de “pôr” (“eles puseram”).





“Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.” Por que “dize-me”? O que é “dize-me”? É a forma do imperativo do verbo “dizer”.
O interlocutor ao qual se dirige o emissor do provérbio é tratado na segunda pessoa do singular: “Dize-me (tu) com quem (tu) andas e eu te direi quem (tu) és”. A manutenção da mesma pessoa gramatical é desejável quando se emprega a língua padrão.

“Me dêm mais uma chance na Seleção” (Edmundo). Não existe “dêm”. O correto é “dêem”.
Quando se conjugam os verbos “ter” e “vir”, não se escreve “êe”. No presente, na terceira pessoa do singular, deve-se escrever “ele tem, ele vem”. Na terceira do plural, deve-se escrever “eles têm, eles vêm”.
Existem as vogais dobradas. Isso aparece na conjugação dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e derivados (“descrer”, “reler”, “prever”, “rever” etc.). É o caso de “crêem”, “dêem”, “lêem”, “vêem”, “descrêem”, “relêem”, “prevêem”, “revêem” etc.



O particípio de “beijar” é “beijado”, o de “beber” é “bebido”. E o de “expulsar”? É “expulsado” ou “expulso”? O de “salvar” é “salvado” ou “salvo”? A maioria dos verbos só oferecem um particípio. Mas existem os que oferecem dois particípios. Esses verbos que têm dois particípios são chamados de verbos abundantes. Exemplo: “aceitado” e “aceito”, expulsado” e “expulso”, “salvado” e “salvo”...
As formas de particípio terminadas em “ado” ou “ido” são classificadas como regulares; as que terminam em qualquer coisa diferente de “ado” ou “ido” são irregulares.
Quando se usa o verbo auxiliar “ter” ou o verbo “haver”, usa-se o particípio regular (aquele que termina em “ado” ou ‘ido’); com os verbos auxiliares “ser” e “estar”, usa-se o particípio irregular (aquele que não termina em “ado” ou “ido”).